terça-feira, 21 de junho de 2011

Saudade de quem se foi...


Eu devia ter perguntado como seria a vida depois de ti,

mas, tive medo da resposta.

Pois, lá no fundo eu já sabia...

Eu sabia que o céu nunca mais teria o mesmo azul,

que os pássaros de tão chateados não cantariam como antes,

que o arco-íris perderia uma cor,

e que meu sorriso ficaria marcado.

Sabia que sentiria falta do teu abraço

que a tua ausência estaria sempre presente

e que carregaria comigo a esperança

de um dia te reencontrar.



Luciano Martini

sábado, 18 de junho de 2011

Distante



O distante traduzo

em versos viajantes

livres sonhadores

em sussurros do vento

que o sentimento esvazia



Os meus longes

de água molham

a minha face a procura de:

reflexo...







Luciano Martini

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Só eu.


Onde percebes ilusão
eu vejo poesia
entre semi-deuses
eu tropecei na lancheria

Tudo pode ser
sem esperar acontecer
chuvas de verão, castelos de imaginação,
sempre viajei sozinho
em jardins de papelão

Sem tudo estar perdido, então.
Vou chorar um rio
Mas chorar a luz do luar,
Lagrimas de estrelas, emoção

Ser feliz é não saber, correr...correr...
E porque parar?
Deixa a dor não estar
Nunca mais

Seguir é não ter fim
Embalar-se neste crepúsculo laranja
Delicado como um poema
Luminoso como um picolé de limão


Luciano Martini

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Oração


Afagas o mundo todo
com os teus abraços
e encerras em teus lábios
o segredo da minha existência
Teus olhos acalmam meus mares
e impedem tremores na minha terra
Nas tuas mãos escondes maravilhas
que povoam meus sonhos
e todos os dias renascem novas histórias
O teu peito é a minha cama,
porque me embala e me eleva
sempre que a respiração acelera
Os teus dedos são voláteis,
descobrem tesouros escondidos
e põem flores no meu caminho
mesmo depois da Primavera
Eu durmo de espírito limpo,
aos pés da tua cama,
todas as noites perto do Paraíso.


Luciano Martini

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Se não houver


Se não houver...

um sorriso por trás dos montes
nem braços abertos
depois das pontes
as estradas serão rios
em que nadamos por nada




Luciano Martini