quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Neste Natal, rogo a Deus ressuscitar a criança escondida em algum recanto de minha memória, de que um dia fui, menino que sabia confiar e, desprovido da canseira de existir, livre das agruras do tempo, era capaz de imprimir fantasias coloridas ao lado obscuro da vida.

Quero um Natal de celebração a alegria de viver, hinos a gratidão da fé, odes a inefável magia de sonhar.
Natal cujo presépio seja o meu próprio coração, no qual o Menino Jesus desfaça laços e faça desabrochar todo o amor que se oculta nos sombrios porões do meu ser.

Luciano Martini

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal sem pressa


Em pé neste cruzamento sem pressa nenhuma, eu penso que quando o verão tiver acabado e as nuvens negras anunciarem o outono, esta dor que sinto agora já terá ido embora, ou talvez, substituída por outra. Mas como dizia o poeta, tudo vale a pena para quem não tem a alma pequena.

Em pé nesse cruzamento, me ponho a lembrar por quantos caminhos trilhamos sozinho, mas sem pressa nenhuma descobrimos nosso destino, e nossa alma recusa esta prisão dourada e almeja voar com os outros pássaros.

Em pé nesse cruzamento, eu posso ver alguns estranhos passando por mim carregando uma certa dignidade. Quantas histórias vividas trazem esses olhos cansados, que ora me encorajam, ora me enfraquecem. Tudo já foi feito até chegarmos neste eito, amigo, e hoje eu não tenho pressa alguma.

Em pé nesse cruzamento, eu posso sentir o cheiro de chuva e terra molhada, quando fecho meus olhos, mesmo que não haja nuvens. São minhas lembranças que brincam de roda, e despertam um menino tímido que vem me visitar todos os natais.

Calmamente neste cruzamento, sem desejo de correr, não há nenhuma pressa quando tudo foi dito e feito. Então deixe-me aqui por alguns instantes atrapalhando o trânsito, parado nesta encruzilhada da vida.

Porque hoje, eu não tenho pressa nenhuma...


Luciano Martini

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008


...para que olhas tu a cidade longínqua?
tu és a cidade longínqua.[...]

Fernando Pessoa

sábado, 13 de dezembro de 2008

O Evangelho Maltrapilho


“O pecador salvo está prostrado em adoração, perdido em assombro e louvor. Ele sabe que o arrependimento não é o que fazemos para obter o perdão; é o que fazemos porque fomos perdoados. Ele serve como expressão de gratidão em vez de esforço para obtenção do perdão. Portanto, a seqüência: perdão primeiro e arrependimento depois (e não arrependimento primeiro, perdão depois) é crucial para a compreensão do evangelho da Graça.”


Brennan Manning