segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dias e Noites


todos os dias
imagino sonhos de papel
e naufrágo num mar de impressões
todas as noites
luto com as palavras
que percorrem um jardim de labirintos
todos os dias
saio a procura da criança
que fizeste surgir dentro de mim
todas as noites
viajo à mais alta das torres
lamentando o que não vivi
todos os dias
sinto a ausência
sorvendo a esperança
como um abraço que faltou
todas as noites
ensaio uma dança
que ainda não estreou
no palco da vida

todas os dias
procuro por mim
todas noites
dependo de ti




Luciano Martini

3 comentários:

Canteiro Pessoal disse...

Luciano, amei!

Canteiro Pessoal disse...

Mergulho intensamente em cada partícula sentida e exprimida no poema, que tanto casa comigo em significado e vida. Hoje, apenas no ler e absorver, para que meu palco fosse refeito e abrilhantado com sensibilidade. Simplesmente, as palavras desbandaram-se no dia ofertado. A causa, o não saber, ou está tão escondido do escondida que o receio impediu o cavucar para à descoberta. A pouco, estive observando o céu está noite e não me pincelou alegria por dentro, apenas um vazio tão grande se alojou em reino perverso, usurpando o maravilhado e o tempo no não parar. Com a pergunta do que fazer com mancha negra na retina, para que o único fosse a razão do meu falar e fazer, no encontro do que estou em nado profundo desde que a ficha caiu no meu palco. Só que, dito momento vejo contagens, sabendo e gritando em letras repetitivas, que há mais do que aritimética. Quando é sabido, que beleza à face, no sentido de ser-se, faz com que os dias sejam fortes, e o coração de carne deixa o lugar de acomodação, pela expressão de uma vida que canta uma canção interior sem igual.

Priscila Cáliga

Unknown disse...

Faz tempo que aguardo novidade no seu blog, muito bom...