sábado, 2 de agosto de 2008

Naufrágio




Há em mim uma panteão de crepúsculos, pulsando nesta explosão de cores e sentidos.
Neste cenário que atrai o olhar dos poetas é onde eu encontro refúgio. Nesta ilha do imaginário habito com loucos, profetas e sonhadores. Fecho os olhos e ouço sinfonias, e vez por outra, o sussurrar dos anjos.
Sou caçador de versos.
Cada sabor acrescenta sabedoria, infundindo sentido a mistérios e possibilidades que vivo intensamente.
Uma vida não basta.
Por isso vivo mil vidas, narrando meus dias em poesia. Abandonei a crônica e a descrição histórica, quero viver em versos e melodia. Não decifro enigmas, mas sou por eles seduzidos. Misteriosamente atraído para este mar onde a possibilidade do naufrágio é certa. Mas como poetizou Mário Quintana- " Eu sempre sobrevivo a todos os naufrágios".
Luciano Martini

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